Por que a respiração é tão importante na oratória?
Quando um novo curso de Oratória começa, os alunos percebem
que vão precisar unir diversas áreas de conhecimento para chegar ao patamar
desejado: falar bem em público com tranquilidade e segurança. No despertar dos
talentos, muita coisa aparece. Uma delas é a respiração. Pode parecer bobagem,
mas respirar errado leva a pausas desnecessárias e pode até paralisar o orador
que ficar sem ar.
Nós nascemos respirando corretamente, aproveitando bem o
músculo diafragma, localizado abaixo dos pulmões. As atribulações da vida, a
ansiedade e o medo é que acabam transformando a respiração diafragmática em clavicular,
na qual levantamos a clavícula. Para evitar que esse processo aconteça na hora
de uma apresentação, é preciso investir em exercícios que auxiliem a inspiração
e a expiração corretas.
Os exercícios incluem fundamentalmente o controle da entrada
de ar no pulmão, que deve ser lenta e profunda; e a dosagem do ar expelido.
Quando falamos, sempre expiramos e, se o ar sai todo logo no início de uma
frase, não vamos conseguir chegar ao final sem ter que fazer uma nova
inspiração. A dosagem não está na boca nem na garganta. O diafragma é o
responsável pelo fundamental controle da expiração para oradores, locutores,
cantores e instrumentistas de sopro.
Inspiração que acalma
Quando estamos nervosos, facilmente ficamos ofegantes,
principalmente quando escutamos nosso nome anunciado ao microfone. Será que é
possível reverter essa situação? Claro que sim. A respiração é o segrego. Da
mesma forma que a respiração ofegante sinaliza nervosismo à nossa mente, o
inverso também é possível. A respiração diafragmática informa, ao cérebro, que
estamos nos acalmando.
Sabendo que falar em público gera uma tensão que pode ser
enfrentada com tranquilidade, invisto muito em exercícios de respiração em
minhas aulas. Os alunos que reaprendem a respirar corretamente nos exercícios
terão uma ferramenta eficiente para usar antes de uma apresentação.
Os exercícios devem ser praticados antes de subirmos ao
palco. Depois, será a vez de executar o que foi planejado e esperar pelos
aplausos.
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